segunda-feira, 6 de julho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009




Este artigo pretende sistematizar e analisar indicadores que revelam a dimensão das desigualdades raciais no Brasil. Parte-se do princípio de que as desigualdades raciais, ao afetarem a capacidade de inserção dos negros na sociedade brasileira, comprometem o projeto de construção de um país democrático e com oportunidades iguais para todos. Essas desigualdades estão presentes em diferentes momentos do ciclo de vida do indivíduo, desde a infância, passando pelo acesso à educação, à infra-estrutura urbana e cristalizando-se no mercado de trabalho e, por conseqüência, no valor dos rendimentos obtidos e nas condições de vida como um todo. Também serão apresentadas as principais vertentes do atual debate político sobre desigualdades raciais no Brasil, identificando as iniciativas por parte do Estado brasileiro e da sociedade civil destinadas a enfrentar a discriminação e as desigualdades raciais. Finalmente, pretende-se apontar alguns desafios colocados para os formuladores de políticas de saúde a partir deste quadro.
Palavras - chave: Negros; Discriminação Racial; Desigualdade Social; Política Social; Indicadores Sociais
Os negros brasileiros têm feito pouco progresso na conquista de profissões de maior prestígio social, no estabelecimento de seus próprios negócios e na ocupação de posições de poder político. Eles ainda concentram-se em atividades manuais que exigem pouca qualificação e escolaridade formal. As desvantagens acumuladas através da história brasileira tornaram o sucesso difícil para a população afro-brasileira (Lima, 1999).

quinta-feira, 25 de junho de 2009

- Conflitos étnicos no Brasil e no Mundo

Um grupo étnico é um grupo de pessoas que se identificam umas com as outras, ou são identificadas como tal por terceiros, com base em semelhanças culturais ou biológicas, ou ambas, reais ou presumidas. Tal como os conceitos de raça e nação, o de etnicidade desenvolveu-se no contexto da expansão colonial européia, quando o mercantilismo e o capitalismo promoviam movimentações globais de populações ao mesmo tempo que as fronteiras dos estados eram definidas mais clara e rigidamente. No século XIX, os estados modernos, em geral, procuravam legitimidade reclamando a representação de nações. No entanto, os estados-nação incluem sempre populações indígenas que foram excluídas do projeto de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos. Conseqüentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam freqüentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.

Os grupos étnicos às vezes são sujeitos às atitudes e às ações preconceituosas por parte do Estado ou por seus membros. No século XX, os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas maneiras. Alguns, como Jürgen Habermas e Bruce Barry, discutiram que a legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de direitos políticos para sujeitos individuais autônomos. De acordo com este ponto de vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os indivíduos. Outros, como Charles Taylor e William Kymlicka argumentam que a noção do indivíduo autônomo é ela própria um construto cultural, e que não é nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser levadas em conta no contexto de um estado-nação.

Etnicidade

etnicidade é o termo usado para designar as características culturais que ligam um grupo particular de pessoas, ou grupos, internamente. Algumas vezes etnicidade é usado incorretamente para referir-se a uma minoria ou a uma raça.

Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura e traço facial.

Etimologia

A palavra "etnia" é derivada do grego ethnos, significando "povo". Esse termo era tipicamente utilizado para se referir a povos não-gregos, então também tinha conotação de "estrangeiro". No posterior uso Católico-romano, havia a conotação adicional de "gentio". A palavra deixou de ser relacionada com o paganismo em princípios do Século XVIII. O uso do sentido moderno, mais próximo do original grego, começou na metade do Século XX, tendo se intensificado desde então.

• Fatores de Classificação

- Língua

A língua tem sido muitas vezes utilizada como fator primário de classificação dos grupos étnicos, embora sem dúvida não isenta de manipulacão política ou erro. É preciso destacar também que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues.

- Cultura

A delimitação cultural de um grupo étnico, com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo, em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com seus grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas.

Geralmente se percebe que os grupos étnicos compartilham uma origem comum, e exibem uma continuidade no tempo, apresentam uma noção de história em comum e projetam um futuro como povo. Isto se alcança através da transmissão de geração em geração de uma linguagem comum, de valores, tradições e, em vários casos, instituições.
Embora em várias culturas se mesclem os fatores étnicos e os políticos, não é imprescindível que um grupo étnico conte com instituições próprias de governo para ser considerado como tal. A soberania portanto não é definidora da etnia, mas se admite a necessidade de uma certa projeção social comum.

- Genética

É importante considerar a genética dos grupos étnicos se devemos distingui-los de um grupo de indivíduos que compartilham unicamente características culturais.Estas características genéticas foram desenvolvidas durante o processo de adaptação daquele grupo de pessoas a determinado espaço geográfico ou ecossistema (Englobando Clima, altitude, flora e fauna) ao longo de várias gerações.As etnias geralmente se remetem a mitos de fundação que revelam uma noção de parentesco mais ou menos remoto entre seus membros. A genética atual tende a verificar a existência dessa relação genética, porém as provas estão sujeitas a discussão.

• Lista de grupos étnicos

- Aconã, Anacé, Aranã, Atikum-Umã, Catökim, Caxixó, Fulni-ô, Guarani-M'byá, Jenipapo-Kanindé, Jeripankó, Juká, Kaimbé, Kalabaça-Jandaíra, Kalankó, Kambiwpa, Kanindé, Kantaturé, Kaninawá, Karapotó, Kariri-xokó, Karuazu, Kaxapó, Kariri, Kowpanká, Krenak, Maxakali, Mokuriñ, Pankaiuká, Pankará, Pankararé, Pankararu, Pankaru, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe ( Baenã, Kamakã, Kariri-Sapuyá, Índios de Olivença, Hã-Hã-Hãe), Payaku, Pipipã de Kambixuru, Pitaguary, Potiguara ( Baía da Traição, Marcação e Monte-Mór), Potyguara da Lagoa dos Néris, Potyguara da Serra das Matas, Potyguara da Viração, Potyguara de Monte Nebo, Tabajara da Maratoã, Tabajara da Barra das Melancias, Tabajara de Ipueiras, Tabajara de Poranga, Tabajara de Quiterianópolis, Tabajara do Olho d'água dos Canutos, Tabajara da Grota verde, Tapeba, Catu dos Eléoterio, Tremembé de Almofala, Tremembé de São José e Buriti, Tremembé do Córrego João Pereira, Tremembé de Queimadas, Truká, Tumbalalá, Tupinambá de Belmonte, Tupinambá de bratéus, Tupinambá de Olivença, Tupinikim, Tuxá, Wassu-Cocal, Xakriabá, Xokó, Xukuru do Quorubá, Xukuru-Kariri .


Dupla : Milena Marques de Oliveira e Silva
e Débora Rangel Portella

- Densidade Populacional ou demográfica


Densidade populacional ou densidade demográfica é a medida expressa pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressa em habitantes por quilómetro quadrado.

O país com a maior densidade populacional é Mônaco e a menor é a Mongólia.


Brasil
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE o Brasil em (2006) possuía 187.000.000 de habitantes em uma área de 8.514.215,3 km², ou seja, uma densidade demográfica de 21,96 habitantes por quilômetro quadrado.

No mapa acima podemos observar as áreas mais populosas, representadas pelas cores pretas e marrom escuro. A ocupação humana é maior no litoral ou numa zona até 500 quilômetros. Isto se explica porque no início da colonização brasileira estas foram as primeiras áreas a ser ocupadas. Nesta área é forte a presença econömica da indústria, da agropecuária enquanto que no interior, além da última, é notável a mineração. Em Minas Gerais e em São Paulo a ocupação humana seguiu este padrão, determinada pela colonização original de portugueses. No Sul a ocupação foi mais lenta e contou com a ajuda de italianos e alemães, devido a estruturação determinada pelo governo para a ocupação do sul.

No Norte do Brasil, ainda existem grandes vazios urbanos, A densidade demográfica é baixa em função da gigante interiorização e de grandes áreas ainda intocadas, como a ocupada pela floresta amazônica.


Portugal
Segundo as recentes estatísticas, Portugal contava com uma população de 10.566.212 habitantes em 2005. Com uma área de 92.391 km², o país apresentava uma densidade populacional de 114 hab/km², ou seja, a 66.ª posição a nível mundial.

O que fazermos para obter a densidade demográfica de um país ?

dividir o n° de habitantes pelo tamanho do pais, ex:
100.000 hab 1000m²= 100 hab. por m²

A capital de maior densidade demográfica do Brasil é Fortaleza.

Fortaleza é a capital do Ceará desde 1799, quando esse estado se tornou uma capitania independente. Seu nome tem como referência o Forte Schoonenborch, construído pelos holandeses durante sua ocupação no local, em 1649. Fortaleza é a capital de maior densidade demográfica do país com 7,76 hab/km². É a cidade mais populosa do Ceará, a quinta do Brasil de acordo com o IBGE.

Nomes : Rafaella de Souza 25 ; Camila Meira 04 e Cristina Moraes 07

segunda-feira, 22 de junho de 2009

- Conceitos Demográficos

Conceitos Demográficos

População pode ser definido como o conjunto de pessoas que habita um certo território.

População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.
Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
O Brasil está entre os países mais populosos do mundo com uma população superior a 170 milhões de habitantes.

Países mais Populosos do Mundo
País População aproximada
1º China 1.300.000.000 hab.
2º Índia 1.100.000.000 hab.
3º EUA 300.000.000 hab.
4º Indonésia 220.000.000 hab.
5º Brasil 185.000.000 hab.

O Brasil é um dos países mais populosos do mundo. Dentro dele, os Estados mais populosos, são:
Estado População (ano 2000)
São Paulo (SP) 37.000.000 hab.
Minas Gerais (MG) 17.800.000 hab.
Rio de Janeiro (RJ) 14.400.000 hab.
Bahia (BA) 13.000.000 hab.
Rio Grande do Sul (RS) 10.200.000 hab
Paraná (PR) 9.500.000 hab

Densidade demográfica ou população relativa: corresponde a média de habitantes por quilômetros quadrados. Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta pela área.
Quando a população relativa de um local é numerosa
dizemos que esse local é muito povoado.
Apesar da enorme população absoluta, a densidade demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando 20 habitantes por quilômetro quadrado.


Densidade Demográfica (DD)=

População Absoluta

Área __________
___
____


Para o Brasil, por exemplo, temos:

BRASIL (DD)=






A primeira pergunta que nos vem à mente é: essa densidade demográfica é grande ou pequena? Vamos comparar com o mundo:


MUNDO (DD)=




Podemos concluir que o Brasil possui uma baixa densidade demográfica, pois está muito abaixo da média mundial. Portanto o Brasil é um país populoso e pouco povoado; isto é, possui uma grande população absoluta, mas uma baixa densidade demográfica

(Viviane e thaísa Balbueno)

domingo, 21 de junho de 2009

Fluxos Migratórios no Mundo



Fluxos Migratórios no Mundo

As migrações internacionais nos últimos dois séculos podem ser divididas em pelo menos três fases distintas. A primeira delas, do século XIX até a Segunda Guerra Mundial; a segunda, de 1945 até o início dos anos 1970 e, a última fase, seria aquela que vem ocorrendo nos últimos trinta anos.

A primeira fase teve como uma de suas características principais o fato de que a grande maioria dos imigrantes era originária do continente europeu. Essa intensa imigração teve como causa principal uma forte pressão populacional resultante da explosão demográfica pela qual os países do continente vinham passando desde meados do século XIX.

Os imigrantes eram originários de toda a Europa, mas os britânicos, italianos, alemães, espanhóis, russos e portugueses se constituíram em mais de 80% do total. De maneira geral, ele
s se dirigiram para países “novos” como os EUA, que recebeu aproximadamente 33 milhões de imigrantes, a Argentina (6,4 milhões), o Canadá (5,2 milhões), o Brasil (4,4 milhões) e a Austrália (3 milhões). Juntaram-se a estes fluxos aqueles formados por europeus que se dirigiram para as colônias.

Os fluxos migratórios da segunda fase (1945/70)

Depois da Segunda Guerra, os fluxos migratórios mudaram radicalmente. A Europa com o fim do conflito precisava promover sua reconstrução e, para isso, era necessário um tipo de mão-de-obra não-qualificada para desenvolver determinadas ocupações que um europeu “médio” não estava mais disposto a exercer.

Os fluxos migratórios da dos últimos trinta anos


Por volta do meio da década de 1970, os fluxos migratórios denominados por alguns como “migrações de trabalho” diminuíram sensivelmente ou simplesmente estancaram em razão da crise econômica e do aumento do desemprego. A imigração clandestina passou a ser o componente maior das migrações que se dirigiam para a Europa e para os EUA.

Novos fluxos migratórios

Segundo a ONU, em 1995, havia entre 120 e 130 milhões de pessoas vivendo fora de seu país, não sendo contados aí aqueles indivíduos classificados como refugiados. A última década do século XX conheceu uma diversificação das destinações. Os países mediterrâneos componentes da União Européia passaram à condição de terra de acolhimento de imigrantes. Ao mesmo tempo, o
s fluxos migratórios se acentuaram na Ásia de sudeste e leste.

Novos fluxos migratórios ligados à abertura das fronteiras da Europa de Leste e da antiga URSS passaram a se dirigir especialmente para a Alemanha.

Deve-se lembrar também que cerca de 1 milhão de judeus deixou a Rússia e dirigiu principalmente para Israel.

Entre 1991 e 2000, os fluxos migratórios mundiais em direção à Europa norte - ocidental devem ter sido da ordem de 15 milhões de pessoas, sendo que metade delas vindas do antigo bloco soviético e, o restante, originários do Magreb, África em geral e Ásia.












Rubens e Mateus