segunda-feira, 6 de julho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009




Este artigo pretende sistematizar e analisar indicadores que revelam a dimensão das desigualdades raciais no Brasil. Parte-se do princípio de que as desigualdades raciais, ao afetarem a capacidade de inserção dos negros na sociedade brasileira, comprometem o projeto de construção de um país democrático e com oportunidades iguais para todos. Essas desigualdades estão presentes em diferentes momentos do ciclo de vida do indivíduo, desde a infância, passando pelo acesso à educação, à infra-estrutura urbana e cristalizando-se no mercado de trabalho e, por conseqüência, no valor dos rendimentos obtidos e nas condições de vida como um todo. Também serão apresentadas as principais vertentes do atual debate político sobre desigualdades raciais no Brasil, identificando as iniciativas por parte do Estado brasileiro e da sociedade civil destinadas a enfrentar a discriminação e as desigualdades raciais. Finalmente, pretende-se apontar alguns desafios colocados para os formuladores de políticas de saúde a partir deste quadro.
Palavras - chave: Negros; Discriminação Racial; Desigualdade Social; Política Social; Indicadores Sociais
Os negros brasileiros têm feito pouco progresso na conquista de profissões de maior prestígio social, no estabelecimento de seus próprios negócios e na ocupação de posições de poder político. Eles ainda concentram-se em atividades manuais que exigem pouca qualificação e escolaridade formal. As desvantagens acumuladas através da história brasileira tornaram o sucesso difícil para a população afro-brasileira (Lima, 1999).

quinta-feira, 25 de junho de 2009

- Conflitos étnicos no Brasil e no Mundo

Um grupo étnico é um grupo de pessoas que se identificam umas com as outras, ou são identificadas como tal por terceiros, com base em semelhanças culturais ou biológicas, ou ambas, reais ou presumidas. Tal como os conceitos de raça e nação, o de etnicidade desenvolveu-se no contexto da expansão colonial européia, quando o mercantilismo e o capitalismo promoviam movimentações globais de populações ao mesmo tempo que as fronteiras dos estados eram definidas mais clara e rigidamente. No século XIX, os estados modernos, em geral, procuravam legitimidade reclamando a representação de nações. No entanto, os estados-nação incluem sempre populações indígenas que foram excluídas do projeto de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos. Conseqüentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam freqüentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.

Os grupos étnicos às vezes são sujeitos às atitudes e às ações preconceituosas por parte do Estado ou por seus membros. No século XX, os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas maneiras. Alguns, como Jürgen Habermas e Bruce Barry, discutiram que a legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de direitos políticos para sujeitos individuais autônomos. De acordo com este ponto de vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os indivíduos. Outros, como Charles Taylor e William Kymlicka argumentam que a noção do indivíduo autônomo é ela própria um construto cultural, e que não é nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser levadas em conta no contexto de um estado-nação.

Etnicidade

etnicidade é o termo usado para designar as características culturais que ligam um grupo particular de pessoas, ou grupos, internamente. Algumas vezes etnicidade é usado incorretamente para referir-se a uma minoria ou a uma raça.

Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura e traço facial.

Etimologia

A palavra "etnia" é derivada do grego ethnos, significando "povo". Esse termo era tipicamente utilizado para se referir a povos não-gregos, então também tinha conotação de "estrangeiro". No posterior uso Católico-romano, havia a conotação adicional de "gentio". A palavra deixou de ser relacionada com o paganismo em princípios do Século XVIII. O uso do sentido moderno, mais próximo do original grego, começou na metade do Século XX, tendo se intensificado desde então.

• Fatores de Classificação

- Língua

A língua tem sido muitas vezes utilizada como fator primário de classificação dos grupos étnicos, embora sem dúvida não isenta de manipulacão política ou erro. É preciso destacar também que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues.

- Cultura

A delimitação cultural de um grupo étnico, com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo, em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com seus grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas.

Geralmente se percebe que os grupos étnicos compartilham uma origem comum, e exibem uma continuidade no tempo, apresentam uma noção de história em comum e projetam um futuro como povo. Isto se alcança através da transmissão de geração em geração de uma linguagem comum, de valores, tradições e, em vários casos, instituições.
Embora em várias culturas se mesclem os fatores étnicos e os políticos, não é imprescindível que um grupo étnico conte com instituições próprias de governo para ser considerado como tal. A soberania portanto não é definidora da etnia, mas se admite a necessidade de uma certa projeção social comum.

- Genética

É importante considerar a genética dos grupos étnicos se devemos distingui-los de um grupo de indivíduos que compartilham unicamente características culturais.Estas características genéticas foram desenvolvidas durante o processo de adaptação daquele grupo de pessoas a determinado espaço geográfico ou ecossistema (Englobando Clima, altitude, flora e fauna) ao longo de várias gerações.As etnias geralmente se remetem a mitos de fundação que revelam uma noção de parentesco mais ou menos remoto entre seus membros. A genética atual tende a verificar a existência dessa relação genética, porém as provas estão sujeitas a discussão.

• Lista de grupos étnicos

- Aconã, Anacé, Aranã, Atikum-Umã, Catökim, Caxixó, Fulni-ô, Guarani-M'byá, Jenipapo-Kanindé, Jeripankó, Juká, Kaimbé, Kalabaça-Jandaíra, Kalankó, Kambiwpa, Kanindé, Kantaturé, Kaninawá, Karapotó, Kariri-xokó, Karuazu, Kaxapó, Kariri, Kowpanká, Krenak, Maxakali, Mokuriñ, Pankaiuká, Pankará, Pankararé, Pankararu, Pankaru, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe ( Baenã, Kamakã, Kariri-Sapuyá, Índios de Olivença, Hã-Hã-Hãe), Payaku, Pipipã de Kambixuru, Pitaguary, Potiguara ( Baía da Traição, Marcação e Monte-Mór), Potyguara da Lagoa dos Néris, Potyguara da Serra das Matas, Potyguara da Viração, Potyguara de Monte Nebo, Tabajara da Maratoã, Tabajara da Barra das Melancias, Tabajara de Ipueiras, Tabajara de Poranga, Tabajara de Quiterianópolis, Tabajara do Olho d'água dos Canutos, Tabajara da Grota verde, Tapeba, Catu dos Eléoterio, Tremembé de Almofala, Tremembé de São José e Buriti, Tremembé do Córrego João Pereira, Tremembé de Queimadas, Truká, Tumbalalá, Tupinambá de Belmonte, Tupinambá de bratéus, Tupinambá de Olivença, Tupinikim, Tuxá, Wassu-Cocal, Xakriabá, Xokó, Xukuru do Quorubá, Xukuru-Kariri .


Dupla : Milena Marques de Oliveira e Silva
e Débora Rangel Portella

- Densidade Populacional ou demográfica


Densidade populacional ou densidade demográfica é a medida expressa pela relação entre a população e a superfície do território, geralmente aplicada a seres humanos, mas também em outros seres vivos (comumente, animais). É geralmente expressa em habitantes por quilómetro quadrado.

O país com a maior densidade populacional é Mônaco e a menor é a Mongólia.


Brasil
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE o Brasil em (2006) possuía 187.000.000 de habitantes em uma área de 8.514.215,3 km², ou seja, uma densidade demográfica de 21,96 habitantes por quilômetro quadrado.

No mapa acima podemos observar as áreas mais populosas, representadas pelas cores pretas e marrom escuro. A ocupação humana é maior no litoral ou numa zona até 500 quilômetros. Isto se explica porque no início da colonização brasileira estas foram as primeiras áreas a ser ocupadas. Nesta área é forte a presença econömica da indústria, da agropecuária enquanto que no interior, além da última, é notável a mineração. Em Minas Gerais e em São Paulo a ocupação humana seguiu este padrão, determinada pela colonização original de portugueses. No Sul a ocupação foi mais lenta e contou com a ajuda de italianos e alemães, devido a estruturação determinada pelo governo para a ocupação do sul.

No Norte do Brasil, ainda existem grandes vazios urbanos, A densidade demográfica é baixa em função da gigante interiorização e de grandes áreas ainda intocadas, como a ocupada pela floresta amazônica.


Portugal
Segundo as recentes estatísticas, Portugal contava com uma população de 10.566.212 habitantes em 2005. Com uma área de 92.391 km², o país apresentava uma densidade populacional de 114 hab/km², ou seja, a 66.ª posição a nível mundial.

O que fazermos para obter a densidade demográfica de um país ?

dividir o n° de habitantes pelo tamanho do pais, ex:
100.000 hab 1000m²= 100 hab. por m²

A capital de maior densidade demográfica do Brasil é Fortaleza.

Fortaleza é a capital do Ceará desde 1799, quando esse estado se tornou uma capitania independente. Seu nome tem como referência o Forte Schoonenborch, construído pelos holandeses durante sua ocupação no local, em 1649. Fortaleza é a capital de maior densidade demográfica do país com 7,76 hab/km². É a cidade mais populosa do Ceará, a quinta do Brasil de acordo com o IBGE.

Nomes : Rafaella de Souza 25 ; Camila Meira 04 e Cristina Moraes 07

segunda-feira, 22 de junho de 2009

- Conceitos Demográficos

Conceitos Demográficos

População pode ser definido como o conjunto de pessoas que habita um certo território.

População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.
Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
O Brasil está entre os países mais populosos do mundo com uma população superior a 170 milhões de habitantes.

Países mais Populosos do Mundo
País População aproximada
1º China 1.300.000.000 hab.
2º Índia 1.100.000.000 hab.
3º EUA 300.000.000 hab.
4º Indonésia 220.000.000 hab.
5º Brasil 185.000.000 hab.

O Brasil é um dos países mais populosos do mundo. Dentro dele, os Estados mais populosos, são:
Estado População (ano 2000)
São Paulo (SP) 37.000.000 hab.
Minas Gerais (MG) 17.800.000 hab.
Rio de Janeiro (RJ) 14.400.000 hab.
Bahia (BA) 13.000.000 hab.
Rio Grande do Sul (RS) 10.200.000 hab
Paraná (PR) 9.500.000 hab

Densidade demográfica ou população relativa: corresponde a média de habitantes por quilômetros quadrados. Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta pela área.
Quando a população relativa de um local é numerosa
dizemos que esse local é muito povoado.
Apesar da enorme população absoluta, a densidade demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando 20 habitantes por quilômetro quadrado.


Densidade Demográfica (DD)=

População Absoluta

Área __________
___
____


Para o Brasil, por exemplo, temos:

BRASIL (DD)=






A primeira pergunta que nos vem à mente é: essa densidade demográfica é grande ou pequena? Vamos comparar com o mundo:


MUNDO (DD)=




Podemos concluir que o Brasil possui uma baixa densidade demográfica, pois está muito abaixo da média mundial. Portanto o Brasil é um país populoso e pouco povoado; isto é, possui uma grande população absoluta, mas uma baixa densidade demográfica

(Viviane e thaísa Balbueno)

domingo, 21 de junho de 2009

Fluxos Migratórios no Mundo



Fluxos Migratórios no Mundo

As migrações internacionais nos últimos dois séculos podem ser divididas em pelo menos três fases distintas. A primeira delas, do século XIX até a Segunda Guerra Mundial; a segunda, de 1945 até o início dos anos 1970 e, a última fase, seria aquela que vem ocorrendo nos últimos trinta anos.

A primeira fase teve como uma de suas características principais o fato de que a grande maioria dos imigrantes era originária do continente europeu. Essa intensa imigração teve como causa principal uma forte pressão populacional resultante da explosão demográfica pela qual os países do continente vinham passando desde meados do século XIX.

Os imigrantes eram originários de toda a Europa, mas os britânicos, italianos, alemães, espanhóis, russos e portugueses se constituíram em mais de 80% do total. De maneira geral, ele
s se dirigiram para países “novos” como os EUA, que recebeu aproximadamente 33 milhões de imigrantes, a Argentina (6,4 milhões), o Canadá (5,2 milhões), o Brasil (4,4 milhões) e a Austrália (3 milhões). Juntaram-se a estes fluxos aqueles formados por europeus que se dirigiram para as colônias.

Os fluxos migratórios da segunda fase (1945/70)

Depois da Segunda Guerra, os fluxos migratórios mudaram radicalmente. A Europa com o fim do conflito precisava promover sua reconstrução e, para isso, era necessário um tipo de mão-de-obra não-qualificada para desenvolver determinadas ocupações que um europeu “médio” não estava mais disposto a exercer.

Os fluxos migratórios da dos últimos trinta anos


Por volta do meio da década de 1970, os fluxos migratórios denominados por alguns como “migrações de trabalho” diminuíram sensivelmente ou simplesmente estancaram em razão da crise econômica e do aumento do desemprego. A imigração clandestina passou a ser o componente maior das migrações que se dirigiam para a Europa e para os EUA.

Novos fluxos migratórios

Segundo a ONU, em 1995, havia entre 120 e 130 milhões de pessoas vivendo fora de seu país, não sendo contados aí aqueles indivíduos classificados como refugiados. A última década do século XX conheceu uma diversificação das destinações. Os países mediterrâneos componentes da União Européia passaram à condição de terra de acolhimento de imigrantes. Ao mesmo tempo, o
s fluxos migratórios se acentuaram na Ásia de sudeste e leste.

Novos fluxos migratórios ligados à abertura das fronteiras da Europa de Leste e da antiga URSS passaram a se dirigir especialmente para a Alemanha.

Deve-se lembrar também que cerca de 1 milhão de judeus deixou a Rússia e dirigiu principalmente para Israel.

Entre 1991 e 2000, os fluxos migratórios mundiais em direção à Europa norte - ocidental devem ter sido da ordem de 15 milhões de pessoas, sendo que metade delas vindas do antigo bloco soviético e, o restante, originários do Magreb, África em geral e Ásia.












Rubens e Mateus



IDH - Índice de Desenvolvimento Humano




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IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, é parte integrante do Relatório de Desenvolvimento Humano produzido pelo Pndu - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano, abrange 177 países, tendo esse índice a finalidade de ser um indicador de qualidade de vida das populações. Foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub Haq, esse relatório é emitido desde 1993.
- Definição
O Índice de desenvolvimento Humano - IDH é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores entre os países membros da ONU. Também pode ser calculado para um estado, município ou região.
Os Critérios Para Obtenção do IDH
O IDH também tem a particularidade de na sua avaliação da qualidade de vida da população considerar critérios abrangentes dessa população, pois considera os aspectos econômicos, e outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

IDH e os indicadores sociais considerados para sua obtenção

  • Expectativa de vida - Numa dada população é o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas para aquele momento.
  • Taxa de alfabetização - percentual de adultos com mais de 15 anos que sabem ler e escrever.
  • Taxa de matrícula - razão entre o número total de estudantes no ensino fundamental, médio e superior e a população em idade escolar para esses três níveis.
  • PIB - em dólares PPC, essa sigla PPC - quer dizer Poder de Paridade de Compra indica que a conversão em dólares é feita levando em conta o custo de vida em cada país.
Variação do IDH
O IDH é um índice que varia de zero (0) (em países com nenhum desenvolvimento humano) até um (1) (países com desenvolvimento humano total).
Países com IDH de zero (0) até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo, nesta faixa estão todos os 22 países da África subsaariana, considerados de "baixo desenvolvimento humano", Serra Leoa é a última colocada com um IDH de 0,336.
Países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano, era o caso do Brasil no relatório anterior com IDH de 0,792.
Países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto, é o caso do Brasil que a partir do relatório de 2007/2008, obteve um IDH igual a 0,800 ou seja é o último da escala na faixa de países de alto desenvolvimento humano. O país com mais alto IDH passou a ser a Islândia com um IDH igual a 0,968 e, em segundo a Noruega.
A Posição do Brasil
O IDH do Brasil variou de 2004 para 2007 de 0,788 para 0,800, um aumento de 0,002 em relação a 2004, o que o faz sair no grupo das 83 nações de desenvolvimento médio, passando a ocupar o último lugar (70º) no grupo de países de alto desenvolvimento humano. Num grupo de 177 países o Brasil ficou em 70º(septuagésimo) lugar,posição ainda bem atrás de vários países latinos americanos. Essa mudança não significa uma alteração significativa das condições sócio-econômicas, pois o Brasil possui um componente pouco captado pelos cálculos do IDH, que é a desigualdade sócio-econômica, ou desigualdade na distribuição de renda que é avaliada pelo Índice Gini.








Brasil - Situação dos Indicadores
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países com elevado desenvolvimento humano, com um índice medido em 0,800 no ano de 2005. Em 2006, obteve uma melhora no índice de 0,007 com uma pontuação de 0,807. Encontra-se na 70ª colocação mundial, posição que já mantinha no ano anterior.

Há muitas controvérsias quanto ao relatório de 2007 divulgado pelas Nações Unidas. Muitas instituições afirmam que o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil possa estar errado e que o correto seria de 0,802 a 0,808. O motivo seria a não atualização de vários dados relativos ao Brasil por parte da organização. O primeiro dado seria o do PIB per capita, que atualizando as revisões do IBGE seria de US$ 9.318 e o índice saltaria para algo entorno de 0,806. Outro dado é a taxa de alfabetização, que evoluiu 88,6% para 89,0%, isso significaria uma elevação de 0,003 no índice final. E há ainda um problema estatístico, a renda per capita de 2005 foi calculada com base em uma projeção de população de 184 milhões de brasileiros. Mas a Contagem Nacional da População, feita recentemente pelo instituto, revelou que apenas em 2007 o país atingiu este número de habitantes. Se isso for levado em conta, com menos gente para repartir o PIB, a renda per capita subirá, e o índice ganhará um acréscimo de 0,002.

Mesmo assim, o Brasil continua a ser internacionalmente conhecido por ser uma das sociedades mais desiguais do planeta, onde a diferença na qualidade de vida de ricos e pobres é imensa. Mas dados estatísticos recentes, contidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o quadro começa a se alterar. Entre 2001 e 2004 a renda dos 20% mais pobres cresceu cerca de 5% ao ano enquanto os 20% mais ricos perderam 1%. Nesse mesmo período houve queda de 1% na renda per capita e o Produto Interno Bruto (PIB) não cresceu significativamente. A explicação dos economistas brasileiros e também de técnicos do Banco Mundial para a redução das desigualdades está nos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família. No entanto, como mais de dois terços dos rendimentos das famílias brasileiras provém do trabalho assalariado, há necessidade de crescimento da economia e do mercado de trabalho.

Educação

35

Emirados Árabes Unidos

88,0

36

BrasilBrasil

87,5

37

Malásia

87,3

Na área de educação, o Brasil tem melhor desempenho que a média mundial e regional. No relatório 2007, o país ficou com um índice de alfabetização adulta de 88,6% (64ª colocação mundial, logo abaixo dos Emirados Árabes Unidos e logo acima de São Vicente e Granadinas), índice igual ao encontrado em 2004, por conta das Nações Unidas não ter atualizado os dados. Segundo o IBGE, a taxa de alfabetização adulta evoluiu de 88,6% para 89,0% no período. O relatório captou, porém, um aumento no percentual de pessoas em idade escolar dentro das escolas e universidades, de 86,0% em 2004 para 87,5% em 2005 (36ª colocação mundial, logo abaixo da Alemanha e acima de Singapura).

Longevidade

78

Jordânia

71,9

79

BrasilBrasil

71,7

80

Arménia

71,7

Na área de longevidade, o Brasil vem conquistando grandes avanços nos últimos anos. A expectativa de vida em 2005 foi estimada em 71,7 anos ao nascer (79ª colocação mundial, logo abaixo da Jordânia e acima da Armênia) segundo o relatório. Em 2004, o índice era estimado em 70,8 anos ao nascer, e, em 2000, 67,7 anos. A esperança de vida brasileira supera a média global. Esse aumento da longevidade é um indicativo de melhoras no acesso a alimentação, saúde e saneamento.

Renda

66

Turquia

8,407

67

BrasilBrasil

8,402

68

Tunísia

8,371

Por fim, também a renda influi no cálculo do desenvolvimento humano, sendo no que o Brasil mais precisa melhorar. O último relatório das nações unidas apresenta um PIB per capita (PPC) de US$ 8,402 (67ª colocação mundial, logo abaixo da Turquia e acima da Tunísia). Com isso, a renda dos brasileiros aumentou, entre 2004 e 2005, de US$ 8.195 PPC para US$ 8.402 PPC. O que causa controvérsia pois as Nações Unidas não atualizaram as revisões do IBGE e continuam usando os métodos do chamado "Velho PIB". Com uma revisão de cálculos em Março de 2007, o IBGE descobriu que o país era 10,9% mais rico do que se imaginava, mudando assim uma série de dados, entre eles o PIB per capita que deveria ser de US$ 9.318.


O Melhor e o Pior do IDH
Quanto mais próximo de 1, melhor é a situação do desenvolvimento humano. O país com melhores indicadores sociais no relatório foi a Islândia que superou a Noruega, com IDH de 0,968 ficando com o título de país com melhor qualidade de vida no mundo. Enquanto que na parte de baixo do ranking estão todos os 22 países da África subsaariana, e Serra leoa é agora a última colocada com IDH de 0,336.

Distribuição de Renda - Coeficiente de Gini
coeficiente de Gini é um parâmetro internacionalmente usado para medir a concentração de renda. O coeficiente de Gini varia de zero a 100.
Zero significaria, hipoteticamente, que todos os indivíduos teriam a mesma renda, e 100 mostraria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade. Ou seja, no caso desse índice, o ideal é caminhar em direção a zero, quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição da renda do país. O país que apresenta menor índice de desigualdade na distribuição de renda é o Japão com ìndice Gini de 24,9.
Desigualdade na distribuição de renda
O Brasil permanene com uma brutal desigualdade na distribuição de renda, apresenta pequenos avanços e lentamente sinaliza o afastamento do grupo de países que lideram esse ranking negativo. O desempenho brasileiro avaliado pelo indicador de desigualdade de renda - Gini, no relatório de 2007 coloca o país entre o grupo dos doze países mais desiguais do mundo, com um ìndice Gini igual a 57,0, o que o coloca numa posição pior do que a do Panamá com 56,0.
Glossário: PIB - Produto Interno Bruto (somatória de tudo que o país produz durante um ano).
PIB per capita - é o resultado do quociente entre PIB e o número de habitantes.



by:Cassiane, Ítalo Rique e Lucas Oliveira


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Crescimento da População brasileira



Projeção da População do Brasil

Brasil já tem mais de 180 milhões de habitantes

Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida, ao nascer, será a mesma dos japoneses hoje. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a14 anos representava 30% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%.

Em janeiro de 2004, a população brasileira ultrapassou os 180 milhões de habitantes. Esta é uma das conclusões da Revisão 2004 da Projeção da População realizada pelo IBGE. Esses estudos demográficos mostram que as famílias estão tendo cada vez menos filhos. Se o crescimento da população permanecesse no mesmo ritmo dos anos 50, seríamos hoje, 262 milhões de brasileiros. Mas, desde então, nossa taxa de fecundidade diminuiu, devido às transformações ocorridas na família brasileira, como a entrada da mulher no mercado de trabalho e a popularização dos métodos anticoncepcionais.





Seis milhões de mulheres a mais

As proporções entre a população masculina e feminina vêm diminuindo paulatinamente no Brasil. Em 1980, haviam 98,7 homens para cada cem mulheres, proporção que caiu para 97% em 2000 e será de 95% em 2050. Já a diferença entre a esperança de vida de homens e mulheres atingiu 7,6 anos em 2000 – sendo a masculina de 66,71 anos e a feminina de 74,29 anos.

Os avanços da medicina e a melhoria nas condições de vida da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros, que aumentou 17 anos entre 1940 e 1980. Em 2000, esse indicador chegou aos 70,4 anos, e deverá atingir os 81,3 anos em 2050. O Brasil está em 89º lugar entre os 192 países ou áreas estudados pela ONU.


Mortalidade infantil continua alta

Desde meados da década de 1940, a mortalidade infantil vem diminuindo no Brasil, devido às campanhas de vacinação em massa, à disseminação dos antbióticos e, mais recentemente, aos exames pré-natais, às campanhas de aleitamento materno e aos agente comunitários de saúde, entre outras medidas, governamentais ou não. Em 1970, tínhamos em torno de 100 óbitos para cada mil menores de um ano nascidos vivos. Em 2000, a taxa caiu para 30 por mil, se considerarmos os países vizinhos: Argentina, Chile e Uruguai. No ranking dos 192 países estudados pela ONU, o Brasil ocupa a 100ª posição.


Menos jovens e mais idosos

A queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando uma mudança nas estrutura etária, com a diminuição relativa da população mais jovens e o aumento proporcional dos idosos em decorrência das pessoas urbanas se casam mais velhas em relação às que vivem no campo, fato que implica na diminuição do período fértil da mulher, automaticamente ocasiona a redução do número de filhos por família.
e as
Preocupação com o número de filhos, em decorrência dos elevados gastos com os mesmos (educação, saúde, transporte, entre outros).

. Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos.

Outra comparação importante: em 2000, 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, e os maiores de 65 representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da população brasileira.






Êxodo rural



Êxodo rural é o termo pelo qual se designa o abandono do campo por seus habitantes, que, em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas de menos condições de sustentabilidade a outras, podendo ocorrer de áreas rurais para centros urbanos. Este fenômeno se deu em grandes proporções no Brasil, nos séculos XIX e XX e foi sempre acompanhado pela miséria de milhões de retirantes e sua morte aos milhares, de fome, de sede e de doenças ligadas à subnutrição.

Os conflitos recentes em África e noutras regiões do mundo são outra causa do êxodo rural, fazendo com que milhões de pessoas engrossem o exército de desempregados e marginais nas grandes cidades. Ainda outra causa são os desastres naturais, como ciclones e secas, que deixam as populações rurais sem meios de subsistência e as empurram, muitas vezes de forma permanente para as cidades.

Estes fenômenos estão ligados à falta de políticas de desenvolvimento das zonas rurais, tais como a construção de infraestruturas básicas - estradas, escolas e hospitais.


O início da colonização

Logo após o início de sua colonização, a economia brasileira era baseada no extrativismo e na monocultura. O primeiro ciclo foi o da cultura da cana de açúcar, iniciado em 1532; o plantio foi seguido de um grande desmatamento da área de mata atlântica na região nordeste, cujo clima é extremamente variável há milênios, ora com secas imensas, ora com grande índice pluviométrico. Em função disso, o desmatamento só veio a aumentar as variações climáticas, agravando os fenômenos.


A seca e o início do grande êxodo rural no Nordeste

Enquanto isso, no Nordeste, em 1879, uma grande seca assola toda a região. Com ela, morrem cerca de duzentas e vinte mil pessoas, de fome, de sede e de doenças trazidas pela miséria e desnutrição. Praticamente todo o gado e toda a agricultura são extintos, forçando um grande êxodo rural, que chegou a provavelmente um milhão de retirantes ao ano, portanto, naquela época, a produção de cana de açúcar quase se extinguiu totalmente.


A chegada dos retirantes em São Paulo e a desnutrição

O êxodo seguiu em direção ao Sul na década de 30; chegando em São Paulo; os nordestinos foram buscar trabalho nos cafezais, porém, não eram bem-vindos, pois, com a chegada dos imigrantes italianos e espanhóis, muito mais robustos e saudáveis, os fazendeiros preferiram os europeus aos nordestinos para o trabalho nos cafezais. Os nordestinos estavam extremamente desnutridos, doentes e miseráveis, morriam às centenas, sem condições para o trabalho pesado, pois sua caminhada do Nordeste ao Sul, por milhares de quilômetros, foi feita em sua maioria a pé, sem água, sem comida e em condições sub-humanas, exaurindo suas força


A mudança de sentido do fluxo migratório

O fluxo migratório mudou de sentido, portanto o êxodo da massa populacional foi se direcionando aos poucos para a região amazônica, onde os retirantes se tornaram seringueiros, iniciando largo ciclo extrativista. Avançando cada vez mais em direção à mata, em sentido Oeste, acabaram por invadir lenta, constante e gradualmente o território pertencente à Bolívia, tomando posse da área onde hoje encontra-se o estado do Acre


A construção de Brasília e o êxodo para o planalto central

Em 1957 começa a construção de Brasília, e novamente se inicia mais uma onda de êxodos rurais de diversos pontos do Brasil, para o planalto central, desta vez, o fluxo se dirige das áreas rurais de diversos pontos, sua partida não mais é de uma única macro região, portanto, não só do Nordeste, e do Norte, vieram sulistas da região do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de mineiros, paulistas e cariocas, em grande quantidade, dentre outros.

O êxodo rural na época da ditadura

Já na década de sessenta, logo após ao golpe militar de 1964, houve novamente um grande movimento de massa populacional devido à propaganda institucional, que propalava o crescimento do Brasil, e a erradicação da pobreza. A partir dos grandes centros, com urbanização acelerada e a construção civil, oferecendo oportunidades de emprego cada vez maiores à mão de obra não especializada e analfabeta, os migrantes tiveram melhoras salariais e de condições de vida. Em função desta melhora, começaram a mandar dinheiro para as regiões de onde vieram, chamando a atenção dos parentes, amigos e vizinhos, que se encontravam ainda vivendo em condições precárias nas áreas rurais. Isto ocasionou uma aceleração do êxodo rural, causando ainda mais inchaço nos grandes centros, aumentando ainda mais os problemas ocasionados pela miséria na periferia das grandes cidades.

Causas
Os principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da zona rural para as grandes cidades são: busca de empregos com boa remuneração, mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais (secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade de
infra-estrutura e serviços (hospitais, transportes, educação, etc).

Consequências
O êxodo rural provoca, na maioria das vezes, problemas sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não estão preparadas para tal fenômeno. Os empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc).

Além do desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes cidades. Ele aumenta em grandes proporções a população nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em hospitais e escolas, a população destes locais acabam sofrendo com o atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e hospitais superlotados são as conseqüências deste fato.

Nomes: Daiane Batista.:08 , Ana Claudia Gomes.:01